terça-feira, 23 de outubro de 2007

CAMPOS NEUTRAIS - BRASIL/URUGUAI

Antonio Carlos Grandini
Nina Elisabeth Mucillo
Rogério do Amaral Ribeiro
Gelson Rocha
Hilton Lebarbenchon

O Uruguai revela imagens muito interessantes, que bastante se identificam com a cultura do Sul do nosso País. Em 2006 e 2007 eu e alguns amigos tivemos a oportunidade de fotografar um pouco da região. Em postagem mais antiga, mostrei uma imagem de Punta Del Este tirada no início de uma noite de lua cheia.
Recentemente (dias 20, 21, 22 e 23 de setembro de 2007), a Escola de Fotografia Câmera Viajante de Porto Alegre realizou um passeio fotográfico na região de fronteira (Brasil/Uruguai) sendo produzidas, na ocasião, imagens fantásticas. Em destaque algumas fotografias dos grandes amigos: Rogério do Amaral Ribeiro, Hilton Lebarbenchon, Gelson Rocha, Nina Elisabeth Mucillo e Antonio Carlos Grandini. Para ver mais trabalhos sobre o tema acesse:
Espero voltar em breve para o Uruguai, se possível, no próximo passeio da Câmera Viajante.
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CAMPOS NEUTRAIS: "Enquanto Portugal e Espanha disputavam entre si o domínio da América do Sul, erguendo fortificações e derramando sangue pela posse do Prata, da Cisplatina e dos Sete Povos das Missões, surgia no extremo sul do Brasil a “Terra de Ninguém”. Um lugar que devido a sua geografia, dificultava o deslocamento de exércitos e o povoamento. Assim, ficou de fora da disputa e foi denominada “Campos Neutrais”, pelo Tratado de Ildefonso em 1777, entre Portugal e Espanha buscando a pacificação. “ Terra de Ninguém”, terra sem dono, terra de qualquer um, terra de todos, uma área que vai da cidade de Rio Grande até o Chuí, uma extensa área que fica entre as lagoas Mirim, Mangueira e o Oceano Atlântico. Passou o tempo e as guerras ficaram para trás. Marcaram-se as fronteiras e os lugares viraram cidades: Santa Vitória do Palmar, Chuí e Chuy. Das disputas, restam hoje os fortes, cujas pedras se colorem com a luz do pôr-do-sol e que mostram nos seus musgos e líquens a passagem do tempo, emprestando-nos sua beleza, força e história para fotografarmos. O lugar que outrora dificultou o acesso ao homem, agora aconchega a natureza. As águas das lagoas e os banhados são um dos últimos refúgios de um grande número de espécies animais e vegetais. Hoje em paz, este lugar fronteiriço ainda é um campo neutral, pois é a casa de muitos que quiseram romper fronteiras, onde convivem cristãos, muçulmanos, judeus, brasileiros e uruguaios. Onde vive um artista que busca em objetos trazidos pelo mar, a matéria-prima para realizar sua arte e despertar a consciência ecológica em quem é tocado por sua sensibilidade." Fonte:

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