quarta-feira, 18 de junho de 2008

EPAHEI Em Foco - Mostra Fotográfica - Som em Imagens!


Caros amigos: estou participando desta mostra fotográfica que é bem interessante. Acho bastante difícil conseguir boas fotografias com pouca luminosidade e ainda com movimentos e sem a utilização do flash. Certamente, ainda tenho muito o que aprender na área. Mas gostei bastante dos iniciais resultados de minhas fotos, que vizinham com trabalhos de grandes amigos meus. Ficarei muito contente com a visita de vocês à nossa exposição.
Mostra fotográfica com tom musical. Carlos A.G. da Cunha, Cristiano W. Soares, Cristinne Crisguer, Gutemberg Ostemberg e Luciana Lee retratam em suas fotografias a trajetória do show Epahei, da cantora e compositora Karine Cunha. Cada olhar registra momentos peculiares do show, passando pela performance de Karine, detalhes de instrumentos, desempenhos dos músicos, tons do cenário confeccionado por Rafael Oliveira, bastidores, enfim... Epahei em Foco chama a atenção do público para a fotografia de espetáculo, revelando os trabalhos deste grupo de fotógrafos, que estabelece parceria entre música e imagem. As fotos nos mostram detalhes de um evento que vai além dos tons musicais. A sensibilidade de cada fotógrafo denota a complexidade e diversidade de elementos expostos no palco, que, muitas vezes, pela transitoriedade do show, passam despercebidos pelo público, sendo resgatados de forma particularizada. As fotografias escolhidas valorizam as apresentações, que, com poucos recursos, contaram com o talento de diversos profissionais para levar ao palco a bela união de música, cena, luz, movimento, som e silêncio. Epahei é um espetáculo para ver, ouvir, sentir. E, através desta mostra, o mosaico de sensações vivido pelo público torna-se ainda mais marcante e inesquecível.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mostra Fotográfica (Des) construções - Letícia Lampert

Nesta quarta-feira, em Porto Alegre, ocorrerá a abertura da Mostra Fotográfica (Des) construções, da minha querida amiga Letícia Lampert. Vale à pena conferir, para quem estiver pela região. A Letícia é uma jovem fotógrafa, cujo nome vem se consolidando no meio fotográfico portoalegrense. Ela vem se destacando, por trabalhos bem peculiares, revelando um aguçado olhar, aliado ao primor técnico.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

ARAQUÉM ALCÂNTARA

Visitei o Blog: http://buscadoolhar.blogspot.com/ e gostei bastante do conteúdo. Uma das matérias que me chamou a atenção foi a logo abaixo, pois gosto de fotografar a natureza, bem como de ver trabalhos retratando-a. E com é sabido, nessa área, o Fotógrafo Araquém Alcântara se destaca.

"O grande fotógrafo Araquém Alcântara, lançou recentemente mais dois livros em sua já coroada carreira! Considerado com um dos maiores fotógrafos brasileiros, Araquém possui mais de 30 livros editados e várias exposições em toda a sua carreira. Os dois livros mais novos a entrarem nesta lista são: "Águas do Brasil" e "Chapada Diamantina". Considerado pela crítica como um dos fotógrafos de natureza mais importantes do Brasil Araquém vem nos presentear com esses dois trabalhos bem acabados, e com uma técnica fora do comum.
Águas do Brasil tem 130 fotografias de Araquém com textos de Otávio Rodrigues, prefácio de Gilberto Gil e apresentação do climatologista Carlos Nobre. Ele "refaz" um a geografia dos recursos hídricos do Brasil. Diz ele: "Se nada for feito já pela preservação das nascentes e da natureza em geral os futuros brasileiros vão nos julgar como, no mínimo, coniventes e assassinos. A destruição acontece a cada minuto. Precisamos fazer alguma coisa". Já em Chapada Diamantina vem fechar um projeto próprio de 12 anos retratando a região que o mesmo traduz como "...um oásis em pleno sertão...". Este livro traz mais de 100 fotos em cor e preto-e-branco. Inclui também versos de João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, Cecília Meireles e outros. O prefacio é de Orlando Senna cineasta e jornalista nascido na Chapada Diamantina.
Ambos foram lançados pela editora do próprio Araquém a Terra Brasil. E podem ser encontrados nas melhores livrarias do Brasil ou no site do próprio autor www.araquem.com.br. Fica aqui também o site do Banco de Imagens www.terrabrasilimagens.com.br . Espero que gostem e desfrutem destes dois belos livros."
Fonte: http://buscadoolhar.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O BURACO DO DIAFRAGMA - Por Armando Vernaglia Jr.

O BURACO DO DIAFRAGMA
por Armando Vernaglia Jr.
Cores no Céu de Torres-RS   /  Colors in the Sky
Foto: Gutemberg Ostemberg

Muitas vezes leio em revistas "especializadas" em fotografia, a afirmação de que ao utilizarmos pequenas aberturas de diafragma (f16,f22, f32 etc.) teremos imagens mais nítidas, e sempre que leio issopenso no quão desinformados ficam os leitores. Conceitos sãomisturados e quem sofre é o fotógrafo iniciante, que ficarádecepcionado com a qualidade de suas fotos. Vamos separar três conceitos: nitidez, definição e profundidade decampo. Para o primeiro, podemos buscar no dicionário, onde consta quenítido é algo claro, límpido, em que há clareza e inteligibilidade.Para definição, um dos significados encontrados no dicionário é:"qualidade duma visão ou fotografia em que os detalhes são nítidos eos contrastes marcados". Juntando os conceitos de nitidez e definição, temos que uma fotocujo motivo fotografado está facilmente identificado, bem delineado,com qualidade de imagem e contraste pode ser chamada de uma fotonítida e bem definida. Em profundidade de campo, o dicionário não irá ajudar, mas pode-sedizer que o termo refere-se a áreas, à frente e atrás do motivofotografado, que apresentam foco aceitável, quanto mais extensa a áreaaparentemente focada maior a profundidade de campo, quanto maisestreita, então menor é a profundidade de campo. Esta é umapropriedade física da fotografia decorrente do diafragma, quanto maiorfor a abertura do diafragma (f4, f2.8, f2.0 etc.), ou seja, um maiorespaço por onde passa luz, menor a profundidade de campo (área focadacurta), e quanto menor for a abertura do diafragma (f16, f22, f32)maior a profundidade de campo (área focada ampla). E aqui está o ponto crucial. Os conceitos de nitidez e/oudefinição não se confundem com o de profundidade de campo, aocontrário, quanto maior a profundidade de campo, obtida através de umdiafragma muito fechado, poderemos ter uma degradação da nitidez e dadefinição. Para quem está acostumado a ouvir a mesma ladainha de fechar odiafragma sempre, isso pode parecer estranho, mas é um fato comprovadoaté pelos fabricantes de lentes. Isso se deve a um fenômeno físico chamado difração da luz, essefenômeno nada mais é do que um desvio na trajetória dos raios de luzao passar por um orifício muito pequeno, como um diafragma muitofechado. Os raios que atravessam muito próximos à borda do diafragmasofrem a difração (o desvio) e irão parar no filme ou sensor digitalde forma desordenada, causando uma perda na qualidade da imagem,embora a profundidade de campo aumente, a nitidez cai. Por outro lado, também por motivos físicos, as objetivas tambémperdem qualidade em suas aberturas máximas (as de menor profundidadede campo). O que fazer então? Se fechamos o diafragma perdemosqualidade, se abrimos perdemos qualidade e também profundidade decampo, qual a solução? A resposta para isso está no fato de que cada objetiva apresentaum ponto ideal para seu desempenho, em geral, este ponto está entre 2pontos mais fechado que a abertura máxima e 2 pontos mais aberto que amínima. Vamos exemplificar: Numa lente cuja abertura máxima é f2.8 e a mínima é f32 teremos aseguinte escala de aberturas, considerando apenas os pontos de luzcheios e não os meios pontos e terços de ponto: f2.8, f4.0, f5.6,f8.0, f11, f16, f22 e f32. Ignorando os dois pontos mais abertos e osdois mais fechados, teremos que o desempenho ideal dessa lente estaráentre f5.6 e f16, especialmente as aberturas centrais, f8,0 e f11. Logicamente isso não invalida a existência de lentes com grandeaberturas (as famosas e caras lentes com aberturas iguais ou maioresque f2.8) e nem as aberturas pequenas, como f32, apenas indica que omelhor desempenho optico da objetiva será nas aberturasintermediárias. Em lugares com pouca luz, ambientes fechados em geral e também nafotografia noturna, o uso de grandes aberturas pode ser necessário eisso em geral justifica o uso sas lentes claras de grande abertura,pois sem elas a fotografia seria impossível, mesmo que em detrimentode qualidade e profundidade de campo, assim como em algumas áreas dafotografia, como a macro por exemplo, freqüentemente temos queutilizar aberturas pequenas como f32 ou até f45 para conseguir obter aimagem desejada, mesmo que isso acarrete uma perda de qualidade. É bom dizer que essa perda de nitidez com aberturas pequenasocorre mais nas bordas da imagem que em seu centro, assim sendo,podemos utilizar pequenas aberturas para obter melhor profundidadetendo mínimas perdas de qualidade visível posicionando o objetofotografado mais próximo do meio da área da foto e não nas bordas.Além disso, muitas das câmeras reflex digitais atuais, tem um sensorde captura com área menor que a do filme fotográfico, e com isso nãocaptam imagens nas bordas, área onde se concentra a maioria dosdefeitos gerados pela difração. A conclusão que temos, é que o importante é saber quando e comoutilizar cada uma das aberturas presentes à escala de aberturas dodiafragma de sua lente, conseguindo desta forma tirar proveito dosbenefícios e também dos pontos fracos de seu equipamento.-- "Preparei minha máquina de novo.Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.Fotografei o perfume.Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.Fotografei a existência dela."Manoel de Barros, em O Fotógrafo, do livro Ensaios Fotográficos (Record)Muitas vezes leio em revistas "especializadas" em fotografia, aafirmação de que ao utilizarmos pequenas aberturas de diafragma (f16,f22, f32 etc.) teremos imagens mais nítidas, e sempre que leio issopenso no quão desinformados ficam os leitores. Conceitos sãomisturados e quem sofre é o fotógrafo iniciante, que ficarádecepcionado com a qualidade de suas fotos. Vamos separar três conceitos: nitidez, definição e profundidade decampo. Para o primeiro, podemos buscar no dicionário, onde consta quenítido é algo claro, límpido, em que há clareza e inteligibilidade.Para definição, um dos significados encontrados no dicionário é:"qualidade duma visão ou fotografia em que os detalhes são nítidos eos contrastes marcados". Juntando os conceitos de nitidez e definição, temos que uma fotocujo motivo fotografado está facilmente identificado, bem delineado,com qualidade de imagem e contraste pode ser chamada de uma fotonítida e bem definida. Em profundidade de campo, o dicionário não irá ajudar, mas pode-sedizer que o termo refere-se a áreas, à frente e atrás do motivofotografado, que apresentam foco aceitável, quanto mais extensa a áreaaparentemente focada maior a profundidade de campo, quanto maisestreita, então menor é a profundidade de campo. Esta é umapropriedade física da fotografia decorrente do diafragma, quanto maiorfor a abertura do diafragma (f4, f2.8, f2.0 etc.), ou seja, um maiorespaço por onde passa luz, menor a profundidade de campo (área focadacurta), e quanto menor for a abertura do diafragma (f16, f22, f32)maior a profundidade de campo (área focada ampla). E aqui está o ponto crucial. Os conceitos de nitidez e/oudefinição não se confundem com o de profundidade de campo, aocontrário, quanto maior a profundidade de campo, obtida através de umdiafragma muito fechado, poderemos ter uma degradação da nitidez e dadefinição. Para quem está acostumado a ouvir a mesma ladainha de fechar odiafragma sempre, isso pode parecer estranho, mas é um fato comprovadoaté pelos fabricantes de lentes. Isso se deve a um fenômeno físico chamado difração da luz, essefenômeno nada mais é do que um desvio na trajetória dos raios de luzao passar por um orifício muito pequeno, como um diafragma muitofechado. Os raios que atravessam muito próximos à borda do diafragmasofrem a difração (o desvio) e irão parar no filme ou sensor digitalde forma desordenada, causando uma perda na qualidade da imagem,embora a profundidade de campo aumente, a nitidez cai. Por outro lado, também por motivos físicos, as objetivas tambémperdem qualidade em suas aberturas máximas (as de menor profundidadede campo). O que fazer então? Se fechamos o diafragma perdemosqualidade, se abrimos perdemos qualidade e também profundidade decampo, qual a solução? A resposta para isso está no fato de que cada objetiva apresentaum ponto ideal para seu desempenho, em geral, este ponto está entre 2pontos mais fechado que a abertura máxima e 2 pontos mais aberto que amínima. Vamos exemplificar: Numa lente cuja abertura máxima é f2.8 e a mínima é f32 teremos aseguinte escala de aberturas, considerando apenas os pontos de luzcheios e não os meios pontos e terços de ponto: f2.8, f4.0, f5.6,f8.0, f11, f16, f22 e f32. Ignorando os dois pontos mais abertos e osdois mais fechados, teremos que o desempenho ideal dessa lente estaráentre f5.6 e f16, especialmente as aberturas centrais, f8,0 e f11. Logicamente isso não invalida a existência de lentes com grandeaberturas (as famosas e caras lentes com aberturas iguais ou maioresque f2.8) e nem as aberturas pequenas, como f32, apenas indica que omelhor desempenho optico da objetiva será nas aberturasintermediárias. Em lugares com pouca luz, ambientes fechados em geral e também nafotografia noturna, o uso de grandes aberturas pode ser necessário eisso em geral justifica o uso sas lentes claras de grande abertura,pois sem elas a fotografia seria impossível, mesmo que em detrimentode qualidade e profundidade de campo, assim como em algumas áreas dafotografia, como a macro por exemplo, freqüentemente temos queutilizar aberturas pequenas como f32 ou até f45 para conseguir obter aimagem desejada, mesmo que isso acarrete uma perda de qualidade. É bom dizer que essa perda de nitidez com aberturas pequenasocorre mais nas bordas da imagem que em seu centro, assim sendo,podemos utilizar pequenas aberturas para obter melhor profundidadetendo mínimas perdas de qualidade visível posicionando o objetofotografado mais próximo do meio da área da foto e não nas bordas.Além disso, muitas das câmeras reflex digitais atuais, tem um sensorde captura com área menor que a do filme fotográfico, e com isso nãocaptam imagens nas bordas, área onde se concentra a maioria dosdefeitos gerados pela difração. A conclusão que temos, é que o importante é saber quando e comoutilizar cada uma das aberturas presentes à escala de aberturas dodiafragma de sua lente, conseguindo desta forma tirar proveito dosbenefícios e também dos pontos fracos de seu equipamento.--

"Preparei minha máquina de novo.Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.Fotografei o perfume.Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.Fotografei a existência dela."
Manoel de Barros, em O Fotógrafo, do livro Ensaios Fotográficos (Record)
Li esse texto, enviado para o meu email, pela grande amiga Neide Cunha, e pensei que seria interessante publicá-lo aqui no Blog, já que é um assunto relevante e geralmente provoca dúvidas.