O BURACO DO DIAFRAGMA
por Armando Vernaglia Jr.
Foto: Gutemberg Ostemberg
Muitas vezes leio em revistas "especializadas" em fotografia, a afirmação de que ao utilizarmos pequenas aberturas de diafragma (f16,f22, f32 etc.) teremos imagens mais nítidas, e sempre que leio issopenso no quão desinformados ficam os leitores. Conceitos sãomisturados e quem sofre é o fotógrafo iniciante, que ficarádecepcionado com a qualidade de suas fotos. Vamos separar três conceitos: nitidez, definição e profundidade decampo. Para o primeiro, podemos buscar no dicionário, onde consta quenítido é algo claro, límpido, em que há clareza e inteligibilidade.Para definição, um dos significados encontrados no dicionário é:"qualidade duma visão ou fotografia em que os detalhes são nítidos eos contrastes marcados". Juntando os conceitos de nitidez e definição, temos que uma fotocujo motivo fotografado está facilmente identificado, bem delineado,com qualidade de imagem e contraste pode ser chamada de uma fotonítida e bem definida. Em profundidade de campo, o dicionário não irá ajudar, mas pode-sedizer que o termo refere-se a áreas, à frente e atrás do motivofotografado, que apresentam foco aceitável, quanto mais extensa a áreaaparentemente focada maior a profundidade de campo, quanto maisestreita, então menor é a profundidade de campo. Esta é umapropriedade física da fotografia decorrente do diafragma, quanto maiorfor a abertura do diafragma (f4, f2.8, f2.0 etc.), ou seja, um maiorespaço por onde passa luz, menor a profundidade de campo (área focadacurta), e quanto menor for a abertura do diafragma (f16, f22, f32)maior a profundidade de campo (área focada ampla). E aqui está o ponto crucial. Os conceitos de nitidez e/oudefinição não se confundem com o de profundidade de campo, aocontrário, quanto maior a profundidade de campo, obtida através de umdiafragma muito fechado, poderemos ter uma degradação da nitidez e dadefinição. Para quem está acostumado a ouvir a mesma ladainha de fechar odiafragma sempre, isso pode parecer estranho, mas é um fato comprovadoaté pelos fabricantes de lentes. Isso se deve a um fenômeno físico chamado difração da luz, essefenômeno nada mais é do que um desvio na trajetória dos raios de luzao passar por um orifício muito pequeno, como um diafragma muitofechado. Os raios que atravessam muito próximos à borda do diafragmasofrem a difração (o desvio) e irão parar no filme ou sensor digitalde forma desordenada, causando uma perda na qualidade da imagem,embora a profundidade de campo aumente, a nitidez cai. Por outro lado, também por motivos físicos, as objetivas tambémperdem qualidade em suas aberturas máximas (as de menor profundidadede campo). O que fazer então? Se fechamos o diafragma perdemosqualidade, se abrimos perdemos qualidade e também profundidade decampo, qual a solução? A resposta para isso está no fato de que cada objetiva apresentaum ponto ideal para seu desempenho, em geral, este ponto está entre 2pontos mais fechado que a abertura máxima e 2 pontos mais aberto que amínima. Vamos exemplificar: Numa lente cuja abertura máxima é f2.8 e a mínima é f32 teremos aseguinte escala de aberturas, considerando apenas os pontos de luzcheios e não os meios pontos e terços de ponto: f2.8, f4.0, f5.6,f8.0, f11, f16, f22 e f32. Ignorando os dois pontos mais abertos e osdois mais fechados, teremos que o desempenho ideal dessa lente estaráentre f5.6 e f16, especialmente as aberturas centrais, f8,0 e f11. Logicamente isso não invalida a existência de lentes com grandeaberturas (as famosas e caras lentes com aberturas iguais ou maioresque f2.8) e nem as aberturas pequenas, como f32, apenas indica que omelhor desempenho optico da objetiva será nas aberturasintermediárias. Em lugares com pouca luz, ambientes fechados em geral e também nafotografia noturna, o uso de grandes aberturas pode ser necessário eisso em geral justifica o uso sas lentes claras de grande abertura,pois sem elas a fotografia seria impossível, mesmo que em detrimentode qualidade e profundidade de campo, assim como em algumas áreas dafotografia, como a macro por exemplo, freqüentemente temos queutilizar aberturas pequenas como f32 ou até f45 para conseguir obter aimagem desejada, mesmo que isso acarrete uma perda de qualidade. É bom dizer que essa perda de nitidez com aberturas pequenasocorre mais nas bordas da imagem que em seu centro, assim sendo,podemos utilizar pequenas aberturas para obter melhor profundidadetendo mínimas perdas de qualidade visível posicionando o objetofotografado mais próximo do meio da área da foto e não nas bordas.Além disso, muitas das câmeras reflex digitais atuais, tem um sensorde captura com área menor que a do filme fotográfico, e com isso nãocaptam imagens nas bordas, área onde se concentra a maioria dosdefeitos gerados pela difração. A conclusão que temos, é que o importante é saber quando e comoutilizar cada uma das aberturas presentes à escala de aberturas dodiafragma de sua lente, conseguindo desta forma tirar proveito dosbenefícios e também dos pontos fracos de seu equipamento.-- "Preparei minha máquina de novo.Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.Fotografei o perfume.Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.Fotografei a existência dela."Manoel de Barros, em O Fotógrafo, do livro Ensaios Fotográficos (Record)Muitas vezes leio em revistas "especializadas" em fotografia, aafirmação de que ao utilizarmos pequenas aberturas de diafragma (f16,f22, f32 etc.) teremos imagens mais nítidas, e sempre que leio issopenso no quão desinformados ficam os leitores. Conceitos sãomisturados e quem sofre é o fotógrafo iniciante, que ficarádecepcionado com a qualidade de suas fotos. Vamos separar três conceitos: nitidez, definição e profundidade decampo. Para o primeiro, podemos buscar no dicionário, onde consta quenítido é algo claro, límpido, em que há clareza e inteligibilidade.Para definição, um dos significados encontrados no dicionário é:"qualidade duma visão ou fotografia em que os detalhes são nítidos eos contrastes marcados". Juntando os conceitos de nitidez e definição, temos que uma fotocujo motivo fotografado está facilmente identificado, bem delineado,com qualidade de imagem e contraste pode ser chamada de uma fotonítida e bem definida. Em profundidade de campo, o dicionário não irá ajudar, mas pode-sedizer que o termo refere-se a áreas, à frente e atrás do motivofotografado, que apresentam foco aceitável, quanto mais extensa a áreaaparentemente focada maior a profundidade de campo, quanto maisestreita, então menor é a profundidade de campo. Esta é umapropriedade física da fotografia decorrente do diafragma, quanto maiorfor a abertura do diafragma (f4, f2.8, f2.0 etc.), ou seja, um maiorespaço por onde passa luz, menor a profundidade de campo (área focadacurta), e quanto menor for a abertura do diafragma (f16, f22, f32)maior a profundidade de campo (área focada ampla). E aqui está o ponto crucial. Os conceitos de nitidez e/oudefinição não se confundem com o de profundidade de campo, aocontrário, quanto maior a profundidade de campo, obtida através de umdiafragma muito fechado, poderemos ter uma degradação da nitidez e dadefinição. Para quem está acostumado a ouvir a mesma ladainha de fechar odiafragma sempre, isso pode parecer estranho, mas é um fato comprovadoaté pelos fabricantes de lentes. Isso se deve a um fenômeno físico chamado difração da luz, essefenômeno nada mais é do que um desvio na trajetória dos raios de luzao passar por um orifício muito pequeno, como um diafragma muitofechado. Os raios que atravessam muito próximos à borda do diafragmasofrem a difração (o desvio) e irão parar no filme ou sensor digitalde forma desordenada, causando uma perda na qualidade da imagem,embora a profundidade de campo aumente, a nitidez cai. Por outro lado, também por motivos físicos, as objetivas tambémperdem qualidade em suas aberturas máximas (as de menor profundidadede campo). O que fazer então? Se fechamos o diafragma perdemosqualidade, se abrimos perdemos qualidade e também profundidade decampo, qual a solução? A resposta para isso está no fato de que cada objetiva apresentaum ponto ideal para seu desempenho, em geral, este ponto está entre 2pontos mais fechado que a abertura máxima e 2 pontos mais aberto que amínima. Vamos exemplificar: Numa lente cuja abertura máxima é f2.8 e a mínima é f32 teremos aseguinte escala de aberturas, considerando apenas os pontos de luzcheios e não os meios pontos e terços de ponto: f2.8, f4.0, f5.6,f8.0, f11, f16, f22 e f32. Ignorando os dois pontos mais abertos e osdois mais fechados, teremos que o desempenho ideal dessa lente estaráentre f5.6 e f16, especialmente as aberturas centrais, f8,0 e f11. Logicamente isso não invalida a existência de lentes com grandeaberturas (as famosas e caras lentes com aberturas iguais ou maioresque f2.8) e nem as aberturas pequenas, como f32, apenas indica que omelhor desempenho optico da objetiva será nas aberturasintermediárias. Em lugares com pouca luz, ambientes fechados em geral e também nafotografia noturna, o uso de grandes aberturas pode ser necessário eisso em geral justifica o uso sas lentes claras de grande abertura,pois sem elas a fotografia seria impossível, mesmo que em detrimentode qualidade e profundidade de campo, assim como em algumas áreas dafotografia, como a macro por exemplo, freqüentemente temos queutilizar aberturas pequenas como f32 ou até f45 para conseguir obter aimagem desejada, mesmo que isso acarrete uma perda de qualidade. É bom dizer que essa perda de nitidez com aberturas pequenasocorre mais nas bordas da imagem que em seu centro, assim sendo,podemos utilizar pequenas aberturas para obter melhor profundidadetendo mínimas perdas de qualidade visível posicionando o objetofotografado mais próximo do meio da área da foto e não nas bordas.Além disso, muitas das câmeras reflex digitais atuais, tem um sensorde captura com área menor que a do filme fotográfico, e com isso nãocaptam imagens nas bordas, área onde se concentra a maioria dosdefeitos gerados pela difração. A conclusão que temos, é que o importante é saber quando e comoutilizar cada uma das aberturas presentes à escala de aberturas dodiafragma de sua lente, conseguindo desta forma tirar proveito dosbenefícios e também dos pontos fracos de seu equipamento.--
por Armando Vernaglia Jr.
Foto: Gutemberg Ostemberg
Muitas vezes leio em revistas "especializadas" em fotografia, a afirmação de que ao utilizarmos pequenas aberturas de diafragma (f16,f22, f32 etc.) teremos imagens mais nítidas, e sempre que leio issopenso no quão desinformados ficam os leitores. Conceitos sãomisturados e quem sofre é o fotógrafo iniciante, que ficarádecepcionado com a qualidade de suas fotos. Vamos separar três conceitos: nitidez, definição e profundidade decampo. Para o primeiro, podemos buscar no dicionário, onde consta quenítido é algo claro, límpido, em que há clareza e inteligibilidade.Para definição, um dos significados encontrados no dicionário é:"qualidade duma visão ou fotografia em que os detalhes são nítidos eos contrastes marcados". Juntando os conceitos de nitidez e definição, temos que uma fotocujo motivo fotografado está facilmente identificado, bem delineado,com qualidade de imagem e contraste pode ser chamada de uma fotonítida e bem definida. Em profundidade de campo, o dicionário não irá ajudar, mas pode-sedizer que o termo refere-se a áreas, à frente e atrás do motivofotografado, que apresentam foco aceitável, quanto mais extensa a áreaaparentemente focada maior a profundidade de campo, quanto maisestreita, então menor é a profundidade de campo. Esta é umapropriedade física da fotografia decorrente do diafragma, quanto maiorfor a abertura do diafragma (f4, f2.8, f2.0 etc.), ou seja, um maiorespaço por onde passa luz, menor a profundidade de campo (área focadacurta), e quanto menor for a abertura do diafragma (f16, f22, f32)maior a profundidade de campo (área focada ampla). E aqui está o ponto crucial. Os conceitos de nitidez e/oudefinição não se confundem com o de profundidade de campo, aocontrário, quanto maior a profundidade de campo, obtida através de umdiafragma muito fechado, poderemos ter uma degradação da nitidez e dadefinição. Para quem está acostumado a ouvir a mesma ladainha de fechar odiafragma sempre, isso pode parecer estranho, mas é um fato comprovadoaté pelos fabricantes de lentes. Isso se deve a um fenômeno físico chamado difração da luz, essefenômeno nada mais é do que um desvio na trajetória dos raios de luzao passar por um orifício muito pequeno, como um diafragma muitofechado. Os raios que atravessam muito próximos à borda do diafragmasofrem a difração (o desvio) e irão parar no filme ou sensor digitalde forma desordenada, causando uma perda na qualidade da imagem,embora a profundidade de campo aumente, a nitidez cai. Por outro lado, também por motivos físicos, as objetivas tambémperdem qualidade em suas aberturas máximas (as de menor profundidadede campo). O que fazer então? Se fechamos o diafragma perdemosqualidade, se abrimos perdemos qualidade e também profundidade decampo, qual a solução? A resposta para isso está no fato de que cada objetiva apresentaum ponto ideal para seu desempenho, em geral, este ponto está entre 2pontos mais fechado que a abertura máxima e 2 pontos mais aberto que amínima. Vamos exemplificar: Numa lente cuja abertura máxima é f2.8 e a mínima é f32 teremos aseguinte escala de aberturas, considerando apenas os pontos de luzcheios e não os meios pontos e terços de ponto: f2.8, f4.0, f5.6,f8.0, f11, f16, f22 e f32. Ignorando os dois pontos mais abertos e osdois mais fechados, teremos que o desempenho ideal dessa lente estaráentre f5.6 e f16, especialmente as aberturas centrais, f8,0 e f11. Logicamente isso não invalida a existência de lentes com grandeaberturas (as famosas e caras lentes com aberturas iguais ou maioresque f2.8) e nem as aberturas pequenas, como f32, apenas indica que omelhor desempenho optico da objetiva será nas aberturasintermediárias. Em lugares com pouca luz, ambientes fechados em geral e também nafotografia noturna, o uso de grandes aberturas pode ser necessário eisso em geral justifica o uso sas lentes claras de grande abertura,pois sem elas a fotografia seria impossível, mesmo que em detrimentode qualidade e profundidade de campo, assim como em algumas áreas dafotografia, como a macro por exemplo, freqüentemente temos queutilizar aberturas pequenas como f32 ou até f45 para conseguir obter aimagem desejada, mesmo que isso acarrete uma perda de qualidade. É bom dizer que essa perda de nitidez com aberturas pequenasocorre mais nas bordas da imagem que em seu centro, assim sendo,podemos utilizar pequenas aberturas para obter melhor profundidadetendo mínimas perdas de qualidade visível posicionando o objetofotografado mais próximo do meio da área da foto e não nas bordas.Além disso, muitas das câmeras reflex digitais atuais, tem um sensorde captura com área menor que a do filme fotográfico, e com isso nãocaptam imagens nas bordas, área onde se concentra a maioria dosdefeitos gerados pela difração. A conclusão que temos, é que o importante é saber quando e comoutilizar cada uma das aberturas presentes à escala de aberturas dodiafragma de sua lente, conseguindo desta forma tirar proveito dosbenefícios e também dos pontos fracos de seu equipamento.-- "Preparei minha máquina de novo.Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.Fotografei o perfume.Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.Fotografei a existência dela."Manoel de Barros, em O Fotógrafo, do livro Ensaios Fotográficos (Record)Muitas vezes leio em revistas "especializadas" em fotografia, aafirmação de que ao utilizarmos pequenas aberturas de diafragma (f16,f22, f32 etc.) teremos imagens mais nítidas, e sempre que leio issopenso no quão desinformados ficam os leitores. Conceitos sãomisturados e quem sofre é o fotógrafo iniciante, que ficarádecepcionado com a qualidade de suas fotos. Vamos separar três conceitos: nitidez, definição e profundidade decampo. Para o primeiro, podemos buscar no dicionário, onde consta quenítido é algo claro, límpido, em que há clareza e inteligibilidade.Para definição, um dos significados encontrados no dicionário é:"qualidade duma visão ou fotografia em que os detalhes são nítidos eos contrastes marcados". Juntando os conceitos de nitidez e definição, temos que uma fotocujo motivo fotografado está facilmente identificado, bem delineado,com qualidade de imagem e contraste pode ser chamada de uma fotonítida e bem definida. Em profundidade de campo, o dicionário não irá ajudar, mas pode-sedizer que o termo refere-se a áreas, à frente e atrás do motivofotografado, que apresentam foco aceitável, quanto mais extensa a áreaaparentemente focada maior a profundidade de campo, quanto maisestreita, então menor é a profundidade de campo. Esta é umapropriedade física da fotografia decorrente do diafragma, quanto maiorfor a abertura do diafragma (f4, f2.8, f2.0 etc.), ou seja, um maiorespaço por onde passa luz, menor a profundidade de campo (área focadacurta), e quanto menor for a abertura do diafragma (f16, f22, f32)maior a profundidade de campo (área focada ampla). E aqui está o ponto crucial. Os conceitos de nitidez e/oudefinição não se confundem com o de profundidade de campo, aocontrário, quanto maior a profundidade de campo, obtida através de umdiafragma muito fechado, poderemos ter uma degradação da nitidez e dadefinição. Para quem está acostumado a ouvir a mesma ladainha de fechar odiafragma sempre, isso pode parecer estranho, mas é um fato comprovadoaté pelos fabricantes de lentes. Isso se deve a um fenômeno físico chamado difração da luz, essefenômeno nada mais é do que um desvio na trajetória dos raios de luzao passar por um orifício muito pequeno, como um diafragma muitofechado. Os raios que atravessam muito próximos à borda do diafragmasofrem a difração (o desvio) e irão parar no filme ou sensor digitalde forma desordenada, causando uma perda na qualidade da imagem,embora a profundidade de campo aumente, a nitidez cai. Por outro lado, também por motivos físicos, as objetivas tambémperdem qualidade em suas aberturas máximas (as de menor profundidadede campo). O que fazer então? Se fechamos o diafragma perdemosqualidade, se abrimos perdemos qualidade e também profundidade decampo, qual a solução? A resposta para isso está no fato de que cada objetiva apresentaum ponto ideal para seu desempenho, em geral, este ponto está entre 2pontos mais fechado que a abertura máxima e 2 pontos mais aberto que amínima. Vamos exemplificar: Numa lente cuja abertura máxima é f2.8 e a mínima é f32 teremos aseguinte escala de aberturas, considerando apenas os pontos de luzcheios e não os meios pontos e terços de ponto: f2.8, f4.0, f5.6,f8.0, f11, f16, f22 e f32. Ignorando os dois pontos mais abertos e osdois mais fechados, teremos que o desempenho ideal dessa lente estaráentre f5.6 e f16, especialmente as aberturas centrais, f8,0 e f11. Logicamente isso não invalida a existência de lentes com grandeaberturas (as famosas e caras lentes com aberturas iguais ou maioresque f2.8) e nem as aberturas pequenas, como f32, apenas indica que omelhor desempenho optico da objetiva será nas aberturasintermediárias. Em lugares com pouca luz, ambientes fechados em geral e também nafotografia noturna, o uso de grandes aberturas pode ser necessário eisso em geral justifica o uso sas lentes claras de grande abertura,pois sem elas a fotografia seria impossível, mesmo que em detrimentode qualidade e profundidade de campo, assim como em algumas áreas dafotografia, como a macro por exemplo, freqüentemente temos queutilizar aberturas pequenas como f32 ou até f45 para conseguir obter aimagem desejada, mesmo que isso acarrete uma perda de qualidade. É bom dizer que essa perda de nitidez com aberturas pequenasocorre mais nas bordas da imagem que em seu centro, assim sendo,podemos utilizar pequenas aberturas para obter melhor profundidadetendo mínimas perdas de qualidade visível posicionando o objetofotografado mais próximo do meio da área da foto e não nas bordas.Além disso, muitas das câmeras reflex digitais atuais, tem um sensorde captura com área menor que a do filme fotográfico, e com isso nãocaptam imagens nas bordas, área onde se concentra a maioria dosdefeitos gerados pela difração. A conclusão que temos, é que o importante é saber quando e comoutilizar cada uma das aberturas presentes à escala de aberturas dodiafragma de sua lente, conseguindo desta forma tirar proveito dosbenefícios e também dos pontos fracos de seu equipamento.--
"Preparei minha máquina de novo.Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.Fotografei o perfume.Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.Fotografei a existência dela."
Manoel de Barros, em O Fotógrafo, do livro Ensaios Fotográficos (Record)
Li esse texto, enviado para o meu email, pela grande amiga Neide Cunha, e pensei que seria interessante publicá-lo aqui no Blog, já que é um assunto relevante e geralmente provoca dúvidas.